O fogão a
lenha
Que reúne a
família ao seu redor
O bambu
estalando
As faíscas
iluminando
O calor que
emana
Aquecendo a
cozinha
E os nossos
corações
E a conversa
descontraída
O riso, a
alegria
“Causos” da
roça, do dia-a-dia.
Sobre ele
defuma o toucinho,
Assados em
seu forno
A broa de
fubá, o bolo de milho,
Os biscoitos,
a pamonha,
As “merendas”
como dizia meu avô.
O milho
verde e a batata-doce
Repousam sobre
suas brasas
Que a
criança curiosa
Remexe com
um graveto
E, uma tia
alerta,
“Vai mijar
na cama”.
Nos dias
frios, o cozido
A galinha
com palmito
Borbulhando
E nosso apetite aguçando,
Na panela de
ferro
O café é
torrado
Para nos
despertar no dia seguinte
O amendoim é
torrado
Garantindo a
paçoca da Semana Santa
E da Festa
Junina.
Mas, não
para por aí
Pela serpentina
corre a água
Que aquecida
Vai nos
banhar.
Quanta coisa
boa
O fogão a lenha nos traz de recordação!
(Alexander Brito)
*Uma homenagem ao meu avô José Isídio e à minha tia Geni. E a toda a minha família das Minas Gerais.
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