sexta-feira, 31 de julho de 2020

Passeio na roça

Passeio na roça

Tem tudo de bom,

Rever os parentes

Não tem comparação.

Saudades,

Compartilhar alegrias

E, às vezes, tristezas

Contar “causos”.

O ar fresco

O calor do sol

O cheiro do curral

A água correndo pelo córrego

Os pássaros cantando

Os galhos das árvores balançando

Ao sabor dos ventos,

A contento.

(Alexander Brito)

Foto do autor.


Fogão a lenha

O fogão a lenha

Que reúne a família ao seu redor

O bambu estalando

As faíscas iluminando

O calor que emana

Aquecendo a cozinha

E os nossos corações

E a conversa descontraída

O riso, a alegria

“Causos” da roça, do dia-a-dia.

Sobre ele defuma o toucinho,

Assados em seu forno

A broa de fubá, o bolo de milho,

Os biscoitos, a pamonha,

As “merendas” como dizia meu avô.

O milho verde e a batata-doce

Repousam sobre suas brasas

Que a criança curiosa

Remexe com um graveto

E, uma tia alerta,

“Vai mijar na cama”.

Nos dias frios, o cozido

A galinha com palmito

Borbulhando

E nosso apetite aguçando,

Na panela de ferro

O café é torrado

Para nos despertar no dia seguinte

O amendoim é torrado

Garantindo a paçoca da Semana Santa

E da Festa Junina.

Mas, não para por aí

Pela serpentina corre a água

Que aquecida

Vai nos banhar.

Quanta coisa boa

O fogão a lenha nos traz de recordação!

(Alexander Brito)


*Uma homenagem ao meu avô José Isídio e à minha tia Geni. E a toda a minha família das Minas Gerais.

Foto do autor.

 


Kalanchoe

Nome popular: kalanchoe, flor-do-papai, flor-da-fortuna
Nome científico: Kalanchoe blossfeldiana
Família: Crassulaceae

Planta suculenta, com até 40 cm de altura. Originária do continente africano (Madagascar).
Suas variedades apresentam flores de cor vermelha, laranja, amarela, rosa, lilás e branca.
Pode ser cultivada sob sol direto, de preferência evitando-se o sol das 11 horas às 14 horas, meia-sombra ou em ambientes com luz indireta. Desta forma, se presta para compor bordaduras em jardins, cultivada em vasos dentro de casa e em floreiras.
As mudas podem ser obtidas por meio de estacas com 5 centímetros de comprimento.
Existe a crença de que cultivar essa planta ou presentear alguém com ela traz prosperidade.

Foto do autor.


quinta-feira, 30 de julho de 2020

Terreno rochoso

Em um terreno rochoso existem muitos afloramentos de rochas de diversas dimensões. Essas rochas estão em processo de desgaste por ação do intemperismo (água da chuva, variação da temperatura, vento) e ação de líquens que crescem sobre elas. À medida que são desgastadas suas partículas irão formar o solo.
Neste tipo de terreno o solo é raso e seco, pobre em sais minerais. Isso dificulta o desenvolvimento das raízes das plantas de modo que, em geral, as plantas que aí crescem são gramíneas, herbáceas, arbustivas e árvores de pequeno porte.

Foto do autor.

Taipa de pedras

A taipa de pedras nada mais é do que uma cerca de pedras empilhadas. Elas são encaixadas umas às outras. Não se utiliza nenhum tipo de material com o objetivo de fixar umas às outras como cimento, por exemplo.
Eram muito usadas nos séculos passados quando não havia disponibilidade de arame farpado. Hoje, é muito mais econômico e rápido construir cercas com mourões e arame farpado.
Contudo, elas continuam a ser utilizadas em regiões onde há grande disponibilidade de material e ainda quando o terreno impede a fixação de mourões, como sobre lajes rochosas.
Atualmente, seu uso tem função mais arquitetônica devido sua beleza e rusticidade.

Foto do autor.

A lenda da araucária

A araucária também é conhecida como pinheiro-do-paraná.
Seu nome científico é Araucaria angustifolia e é uma gimnosperma, ou seja, uma planta que não produz frutos, assim, suas sementes ficam expostas. Por sinal, sua semente é o pinhão.
Uma bela lenda indígena explica a origem desta maravilha da flora brasileira.
Certa vez, um índio saiu para caçar uma onça. Nisto ele viu a curandeira da tribo inimiga que também andava pela mata e se apaixonou por ela. Após matar a onça, carregando-a em seu ombro, o caçador encontrou a bela índia que ao ver aquela cena, se assustou e desmaiou. Guerreiros da tribo inimiga encontraram a curandeira nos braços do índio que a amparava. Eles pensaram que ele havia causado algum mal a ela, e o mataram a flechadas. Tupã, comovido com a situação, transformou o índio em uma árvore, sendo seu corpo o tronco, as flechas seus galhos, as gotas de sangue que pingavam do seu corpo em sementes e a índia em uma ave, a gralha-azul. A gralha-azul enterra as sementes da araucária para que o índio possa sempre renascer.

Foto do autor.

quarta-feira, 29 de julho de 2020

Parque Arqueológico Serra de Santo Antônio, Andrelândia, Minas Gerais

A área do parque abrange 12 hectares e está localizado na serra que possui o mesmo nome, no município de Andrelândia, que pertence à mesorregião do Campo das Vertentes, MG.
Sua altitude varia entre 1.000 metros e 1.200 metros. A região é íngreme, rochosa.
Nele existem, pelo menos, duas nascentes principais que irão formar o Córrego Santo Antônio.
A flora do parque é típica do bioma Mata Atlântica. No parque e no seu entorno podem ser encontradas espécies de árvores como pau-pereira, cedro, jacarandá, figueira-branca, jerivá, ipê-amarelo, embira-branca, canela-rosa, caneleira, guatambu, angico, mamica-de-porca, embaúba, cambuí, guamirim, aroeira-brava, copaíba, guaçatunga, chico-pires, fruto-de-pombo, araticum, araucária, louro-branco, candeia, sangra-d'água, suinã, bico-de-pato, baguaçu, quaresmeira, amoreira-branca, capororoca, camboatã, tamanqueira e açoita-cavalo. Sua vegetação não é exuberante, as árvores não atingem grandes proporções, pois o solo é ácido, rochoso, pouco profundo e com baixo teor de matéria orgânica.
Em relação à araucária, a espécie está sendo reintroduzida no parque, pois ela havia sido dizimada da região pelos proprietários rurais do passado.
Sua fauna e do seu entorno inclui:
Mamíferos como gambá, lobo-guará, tatu, mico-estrela, ouriço, macaco-sauá, veado-campeiro, lebre e roedores.
Répteis como cascavel, lagarto-teiú, calango, urutu, cobra-verde, cobra-de-vidro, cobra-de-duas-cabeças e cobra-coral.
Anfíbios como cobra-cega, perereca-verde, sapo-cururu e rã.
Entre as aves, podemos citar canário-da-terra, tico-tico, suiriri, rolinha, asa-branca, pintassilgo, sabiá, bem-te-vi, pássaro-preto, gavião-caboclo, gavião-carrapateiro, gavião-carijó, carcará, seriema, sabiá-do-campo, joão-de-barro, joão-bobo, coruja, curiango, urubus-de-cabeça-preta e de cabeça-vermelha, anu-preto, anu-branco, pica-pau-do-campo, várias espécies de beija-flor, cambacica, jacuaçu, periquitão-maracanã, periquito-rei, tuim e alma-de-gato.
Entre os insetos temos abelha-africana, abelha-arapuá, abelha-jataí, mamangabas, cupins, formiga-saúva-cabeça-de-vidro, saúva-mata-pasto, quenquém, formiga-leão (várias de suas tocas-armadilhas construídas na areia podem ser vistas próximo ao paredão do parque) e várias espécies de borboletas.
O parque é constituído de um paredão rochoso onde são encontradas mais de 500 pinturas rupestres, representadas por figuras zoomorfas e geométricas, que datam de mais de 3.000 anos, formando o sítio arqueológico Toca do Índio.
Existem algumas formações geológicas que atraem os visitantes como a Gruta do Lagarto, a Gruta dos Novatos, a Pedra dos Amores e a Pedra do Gavião.
Antes da criação do parque as pinturas estavam ameaçadas pelo vandalismo: lascas da rocha com as figuras eram retiradas para serem levadas como lembrança, pichações, fogueiras que eram acesas pelos visitantes e pelo desmatamento. Um problema que ainda ocorre, porém, de forma menos frequente é a presença de lixo no local.
Além das figuras, vários objetos como ferramentas e armas de pedra e objetos cerâmicos já foram encontrados enterrados no solo da região indicando a existência de povos primitivos que ali habitavam. Inclusive, sementes de pinhão que serviriam de alimento para esses povos e testemunhas de que a araucária ou pinheiro-do-paraná era comum na região.
No parque está em exposição uma canoa que foi retirada das águas do rio Grande, na divisa entre Andrelândia e Santana do Garambéu, em outubro de 2014. A canoa indígena, é datada de 400 anos e é a mais antiga já encontrada no estado. Ela tem 9,10 metros de comprimento e 0,7 metro de largura e foi esculpida pelos tupi-guarani em um tronco de araucária.
O ponto culminante da Serra de Santo Antônio, e que não faz parte da área do parque, está localizado a 1.393 metros de altitude. Nele havia a capelinha de Santo Antônio, onde se rezava missas reunindo a população local, isso há décadas passadas. A capelinha foi destruída por uma tempestade, um raio a atingiu. Hoje, os escombros desta capelinha ainda podem ser vistos no local. Uma nova capela foi construída, em uma propriedade vizinha ao parque, na parte baixa, e a imagem de Santo Antônio foi levada para a nova capela.
Reza a lenda, passada pelos moradores mais antigos, que certo dia quando abriram a capela a imagem não estava mais lá. Procuraram e foram encontrá-la novamente no local da antiga capelinha no alto da serra.

Vista geral do Parque Arqueológico. Foto do autor.

Foto do autor.

Gruta do Lagarto. Foto do autor.

Gruta dos Novatos. Foto do autor.

Pinturas rupestres. Foto do autor.

Pinturas rupestres. Foto do autor.

Pinturas rupestres. Foto do autor.

Pinturas rupestres danificada. Foto do autor.

Pichação. Foto do autor.

Lixo na área do parque. Foto do autor.

Pedra do Gavião. Foto do autor.

Lagarto típico do parque. Foto do autor.

A região é rochosa. Foto do autor.

Araucárias plantadas na área do parque.

Canoa indígena. Foto do autor.

Suiriri. Foto do autor.

Visão do entorno do parque. Foto do autor.



Por que a Lua parece maior no horizonte?

A explicação mais comum é que a atmosfera da Terra aumentaria a imagem. Fazendo uma comparação, a atmosfera funcionaria como uma "lente de aumento". Isso ocorreria devido à refração da luz que a Lua reflete em direção à Terra. Essa ideia já não é mais aceita.
A explicação é que, na verdade, o tamanho da Lua no horizonte é o mesmo quando ela está no alto do céu. Portanto, o aparente aumento do tamanho da Lua, nada mais é do que uma ilusão de ótica. Nosso cérebro nos leva a pensar que ela é maior do que o normal.
Essa ilusão de ótica acontece porque, quando próxima ao horizonte, nosso cérebro compara a Lua com pontos de referência que aí existem: morros, montanhas, prédios. Esse efeito é conhecido como Ilusão de Ponzo, uma referência ao psicólogo italiano Mario Ponzo que propôs tal ideia em 1913.



sábado, 25 de julho de 2020

Ninho do joão-de-barro

O joão-de-barro (Furnarius rufus) produz um ninho fácil de ser identificado no alto das árvores e postes.
Ele é construído com barro, esterco e palha, chegando a pesar 4 quilogramas. Tanto o macho como a fêmea participam da construção do ninho que carregam o barro em seu bico.
Existe uma parede interna separando a entrada do ninho da câmara de nidificação. Isso ajuda a dificultar o acesso dos predadores e protege contra o vento e a chuva.
O ninho não é usado continuamente pelo casal de joão-de-barro, ano após ano. É comum o casal só voltar para o mesmo ninho, dois anos depois de já ter sido usado.
Uma vez abandonado o ninho, ele acaba sendo usado por outras espécies de aves e até mamíferos e répteis.
Pode acontecer de um ninho ser construído sobre outro do ano anterior.
Reza a lenda que quando o joão-de-barro macho é traído pela fêmea, ele a prende dentro do ninho fechando totalmente a entrada.

Foto do autor.

Aves de Minas Gerais, Andrelândia: Beija-flor-tesoura

Nome popular: beija-flor-tesoura
Nome científico: Eupetomena macroura
Ordem: Apodiformes

Seu nome vem de eu = divindade; petonemos = voando; makros = longo; oura = cauda.
A espécie é fácil de ser reconhecida pelo formato de tesoura característico de sua cauda (foto). É bem comum em ambientes urbanos e é tido como um dos beija-flores mais brigões na defesa de seu território.
Atinge até 19 centímetros de comprimento e 11 gramas de peso.
Sua alimentação consiste de néctar das flores e também pequenos insetos.
Na construção do ninho usa painas, musgo, líquens e teias de aranha.
São colocados 2 ou 3 ovos que são incubados pela fêmea. Depois de 16 dias os filhotes nascem. Os filhotes são alimentados com insetos e com 24 dias já alçam o seu primeiro voo e deixam do ninho.

Foto do autor.

Girinos

Os girinos são as larvas dos sapos e das rãs, lembrando que esses animais pertencem ao grupo do anfíbios e sofrem metamorfose.
De modo geral, os girinos surgem cerca de dez dias após os ovos terem sido gerados: a fêmea dos sapos e rãs lança os óvulos na água e o macho lança os espermatozoides, assim ocorrerá a fecundação dando origem aos ovos.
Dependendo da espécie podem ser gerados 3 mil ovos. Eles costumam ser colocados em grupos ou fileiras e estão envolvidos por um muco que os mantêm unidos e presos às rochas e à vegetação aquática, conferindo alguma proteção e impedindo que sejam arrastados pela correnteza. Porém, muitos desses ovos acabam sendo predados por peixes e outros animais aquáticos.
Nesta fase, eles possuem cauda. Sua respiração acontece por meio das brânquias (respiração branquial) que são órgãos capazes de retirar o gás oxigênio dissolvido na água e passar para o sangue desses animais, ao mesmo tempo que elimina o gás carbônico.
Eles se alimentam de algas, porém, algumas espécies são carnívoras e outras podem se alimentar de restos de animais mortos presentes na água.
Com cerca de 12 semanas, a cauda dos girinos começa a ser absorvida pelo corpo à medida que vão surgindo as patas traseiras, próximas à cauda. Em seguida, surgem as patas dianteiras.
Com as patas formadas o animal já pode sair da água, pois também houve a substituição das brânquias pelos pulmões que se formaram, permitindo a respiração no ambiente terrestre. Lembrando que, fora d'água, esses animais também respiram através da sua fina pele.
Uma pequena cauda ainda persiste nesta fase de transição do meio aquático para o terrestre, desaparecendo depois de mais alguns dias. Neste período o animal é bem vulnerável aos predadores.
Dos milhares de ovos iniciais, somente alguns poucos indivíduos chegarão à fase adulta.

Foto do autor.

sexta-feira, 24 de julho de 2020

Cupinzeiro

O cupinzeiro é constituído de terra, saliva e fezes dos cupins. A construção vai aumentando à medida que mais camadas de material são depositadas. As camadas novas se apresentam úmidas e macias. À medida que vão secando, se tornam muito duras. O cupinzeiro cresce tanto acima da superfície como no subsolo, sendo que apenas 1/4 dele é subterrâneo. Das espécies de cupins que ocorrem nos campos do sul de Minas Gerais, suas construções atingem 1,70 metro de altura, mas normalmente são menores.
Alguns estudos indicam que um cupinzeiro pode resistir por até 80 anos.

Foto do autor.

Cupinzeiro atingido por um raio. Foto do autor.


Fruta-de-lobo

Nome popular: fruta-de-lobo, lobeira
Nome científico: Solanum lycocarpum
Família: Solanaceae

Arbusto espinhento, tortuoso, com cerca de 3 metros de altura.
Típico do Cerrado e da vegetação de transição entre a Mata Atlântica e o Cerrado, crescendo preferencialmente em solos mais secos, nos campos. Produz flores azuis.
Seu fruto, com cerca de 15 centímetros de diâmetro, faz parte da dieta alimentar do lobo-guará, por isso o nome. A frutificação ocorre em agosto e setembro.
Tanto o fruto como as flores são utilizados na medicina popular.

Fruta-de-lobo. Foto do autor.

Restos de fruta-de-lobo deixados pelo lobo-guará. Foto do autor.

Flores de fruta-do-lobo. Foto do autor.


Magnólia-do-brejo

Nome popular: magnólia-do-brejo, pinha-do-brejo, baguaçu
Nome científico: Talauma ovata
Família: Magnoliaceae

Atinge 12 metros de altura. Tem preferência por solos muito úmidos, brejosos. Suporta o sombreamento em sua fase inicial de desenvolvimento.
A madeira é de baixa durabilidade.
Suas flores de cor creme aparecem nos meses de outubro a dezembro.
Se reproduz por sementes. O fruto se abre mostrando as sementes envoltas em arilo vermelho ou alaranjado que são dispersadas por pássaros que delas se alimentam. A maturação dos frutos ocorre nos meses de agosto e setembro.
Tanto o desenvolvimento das mudas como das plantas no campo é lento.

Fruto de magnólia-do-brejo. Foto do autor.

quinta-feira, 23 de julho de 2020

Aves de Minas Gerais, Andrelândia: Urubu-de-cabeça-preta

Nome popular: urubu-de-cabeça-preta
Nome científico: Coragyps atratus
Ordem: Cathartiformes

Seu nome científico provém de korax = corvo; gops = urubu; atratus = vestido de luto.
Possui cerca de 75 cm de comprimento, 140 cm de envergadura (de uma ponta da asa à outra) e até 1,9 kg de peso, sendo que a fêmea é mais pesada do que o macho.
Costuma voar a grandes alturas aproveitando as correntes de ar. Costuma fazer mergulhos em direção a outro da espécie o que produz um som característico.
Seu olfato não é muito desenvolvido, por isso a identificação de carcaças ocorre principalmente pela visão do alimento ou de outros urubus reunidos próximo a ele.
Alimentação basicamente saprófaga, sendo importantes para reciclar os restos dos animais mortos. É comum ser encontrado nos lixões se alimentando dos restos de comida. Também podem se alimentar de filhotes de tartarugas, por exemplo.
A fêmea coloca até dois ovos dos quais nascem os filhotes com penugem branca.
Forma bandos numerosos que comumente são vistos se aquecendo ao sol.

Foto do autor.

Paineira-rosa

Nome popular: paineira-rosa
Nome científico: Ceiba speciosa
Família: Bombacaceae

Ocorre nos estados do RJ, SP, MG e PR.
Árvore de grande porte, chegando a 18 metros de altura.
Tanto as mudas como a planta no campo têm crescimento rápido. Prefere solos úmidos e deve ser cultivada a sol pleno.
Possui acúleos no caule e ramos. Acúleos lembram espinhos, porém, eles se diferem pelo fato dos acúleos se soltarem facilmente da planta. Seu caule é esverdeado.
A madeira é macia e de baixa durabilidade.
Quando em floração, a planta fica coberta de flores rosadas que são visitadas por beija-flores. A árvore é muito ornamental, por isso, é cultivada em praças, grandes jardins e nas propriedades rurais. Floresce de dezembro a abril.
Produz um fruto grande que se abre mostrando a paina, filamento de cor branca que envolve as sementes. Com o vento, fragmentos dessa paina são levados para longe da planta-mãe carregando uma semente. Frutifica em julho/agosto, quando a planta perde todas as folhas ostentando somente os frutos (foto).
A paina já foi muito usada para enchimento de travesseiros.
É facilmente propagada por sementes.

Fruto da paineira-rosa. Foto do autor.

O que são líquens?

Líquens são associações entre algas e fungos ou entre cianobactérias e fungos, portanto, são seres vivos.
A relação entre esses organismos é conhecida como mutualismo. Neste caso, ambos são beneficiados. As algas e as cianobactérias, por serem fotossintetizantes, produzem alimento para si e cedem uma parte dele para os fungos. Os fungos, por sua vez, criam um ambiente de proteção para os demais organismos garantindo que eles tenham disponibilidade de água e, assim, evitando sua desidratação.
As cores dos liquens variam conforme as espécies de microrganismos que estão associadas, podendo ser cinzas, vermelhos, esverdeados, amarelos e alaranjados. Na foto vemos líquens de coloração cinza e de cor vermelha. Em particular, os líquens vermelhos são indicativos da boa qualidade do ar no ambiente em que se encontram.
Esses seres vivos costumam se desenvolver sobre troncos de árvores e rochas.
São considerados espécies pioneiras, uma vez que são os primeiros a se desenvolver em áreas rochosas, por exemplo, onde lentamente, vão desgastando as rochas contribuindo para a formação do solo.

Foto do autor.

terça-feira, 21 de julho de 2020

Reflorestamento no sítio: Palmeira-jerivá

Nome popular: palmeira-jerivá
Nome científico: Syagrus romanzoffiana
Família: Arecaceae

Atinge 12 metros de altura.
É encontrada no RJ, SP, ES, BA, MG e PR, na Mata Atlântica.
Esta palmeira é muito cultivada em praças e jardins, por ser bem resistente e aceitar bem o transplante de mudas já desenvolvidas (2-3 metros de altura).
Pode ser plantada sob sol pleno ou sob sombreamento leve.
Produz um palmito de sabor muito amargo que é apreciado por algumas pessoas.
Seus frutos de cor amarelo-alaranjado são comestíveis. Também são procurados por animais como esquilos e pássaros como periquitão-maracanã e gralha-picaça.
A espécie se adapta tanto a solos de várzeas, úmidos, como a encostas, de solo mais seco.
Como ela tolera o sombreamento leve quando jovem, é adequada para diversificar a vegetação de matas em regeneração. Onde pode ser plantada na forma de mudas ou por meio do lançamento de suas sementes.
O crescimento é de lento a mediano. Na imagem, uma planta com três anos de idade.

Foto do autor.

Fruto da palmeira-jerivá. Foto do autor.



Reflorestamento no sítio: Palmito-juçara

Nome popular: palmito-juçara, palmito-doce
Nome científico: Euterpe edulis
Família: Arecaceae

Espécie típica da Mata Atlântica, ocorrendo em estados como BA, ES, RJ, SP, MG e PR. A planta atinge 15 metros de altura. O crescimento das mudas e das plantas no campo é lento.
Seu palmito é considerado o de melhor qualidade, porém, seu corte é proibido nas áreas de preservação permanente, uma vez que a espécie se encontra ameaçada de extinção. Quando cultivada em pomares, a planta já produz palmito aos 7/8 anos de idade.
As mudas devem ser plantadas sob sombreamento, pois não toleram luz direta nos três primeiros anos de vida. Por isso, a espécie é muito indicada para diversificar a vegetação de uma mata.
O cultivo na mata pode ocorrer plantando as mudas já formadas ou lançando as sementes sobre o solo.
Na imagem abaixo, uma planta com 1 ano e 6 meses de idade, cultivada em terreno sombreado com solo úmido e profundo. Também pode ser cultivada em encostas desde que receba sombreamento.
O local do cultivo deve estar protegido de cavalos e gado bovino, pois suas folhas são consumidas por esses animais.
Produz grande quantidade de frutos que são consumidos avidamente por algumas espécies de aves como jacus e tucanos.
A polpa dos frutos dá origem ao juçaí, semelhante ao açaí.
É uma palmeira ornamental cultivada em praças, jardins e até em vasos grandes.

Foto do autor.

Reflorestamento no sítio: Ingá-feijão

Nome popular: ingá-feijão
Nome científico: Inga marginata
Família: Fabaceae

Atinge cerca de 8 metros de altura. Tem preferência por solos úmidos e profundos.
O crescimento das mudas e da planta no campo é rápido.
Deve ser cultivada a sol pleno, suportando algum sombreamento enquanto jovem.
Produz grande quantidade de flores que são atrativas para beija-flores e levemente perfumadas.
Seus frutos são comestíveis e procurados por muitas espécies de aves e alguns mamíferos (micos-estrela).
A madeira é macia e de baixa durabilidade, sendo mais usada como lenha.
Na imagem, uma planta com 1,5 metro de altura cultivada nas margens de um córrego.

Reflorestamento no sítio: Araucária

Nome popular: Araucária, pinheiro-do-paraná
Nome científico: Araucaria angustifolia
Família: Araucariaceae

Originalmente encontrada nos estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais (nas áreas de maior altitude), São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Pode atingir 50 metros de altura e seu tronco um diâmetro de 1,80 metro.
A árvore fornece madeira macia, adequada para produção de tábuas, lápis e móveis. Sua durabilidade é baixa se exposta à umidade e também facilmente atacada por cupins.
Produz o pinhão, que é sua semente. Lembrando que a planta é uma gimnosperma, portanto, não produz frutos. O pinhão pode ser consumido cozido ou assado. Também entra na composição de algumas receitas como em bolos e biscoitos.
Tantos as mudas como a árvore no campo tem crescimento lento. Deve ser plantada a sol pleno. Na imagem abaixo, uma planta no campo com dois anos de idade.
Há de se ter o cuidado com formigas-saúva que costumam cortar suas folhas e ramos jovens. Se isto ocorrer, o crescimento da planta é muito prejudicado, podendo levá-la à morte.

Foto do autor.

segunda-feira, 20 de julho de 2020

Reflorestamento no sítio: Guapuruvu

Nome popular: guapuruvu, ficheira
Nome científico: Schizolobium parahyba
Família: Fabaceae

Árvore de grande porte, podendo atingir 30 metros de altura quando as condições do solo e clima são favoráveis. Quando jovem o tronco da planta é verde e se torna cinza quando adulta.
Planta típica da Mata Atlântica, sendo encontrada desde a Bahia até Santa Catarina, inclusive em Minas Gerais.
Na época da floração sua copa fica coberta de flores amarelas, o que acontece entre agosto e outubro.
As flores são atrativas para beija-flores.
Seus frutos amadurecem entre abril e julho. O fruto seco se abre liberando uma semente envolta em um envelope membranáceo. A semente possui um tegumento muito resistente.
Para acelerar a germinação da semente é aconselhável fazer sua escarificação com a ajuda de uma lixa.
A muda tem crescimento rápido. No campo, tem preferência por sol direto e solo úmido, sendo adequada para o plantio ao longos das margens dos rios e córregos. Seu desenvolvimento em encostas, em terrenos secos, é prejudicado, bem como dentro de capoeiras e matas.
A madeira não tem utilidade no meio rural, por ser muito macia e de baixa durabilidade quando exposta às intempéries.
A árvore é ornamental e indicada para a arborização rural e urbana, em espaços amplos, tendo-se o cuidado de não ser cultivada próximo de postes, rede elétrica e casas, pois o tronco se quebra com facilidade sob vento forte.
Na imagem abaixo, a foto de uma planta jovem, com 2,5 metros de altura, no projeto de reflorestamento realizado em um sítio em Minas Gerais.


Guapuruvu - Foto do autor.

Cipó-de-são-joão

Nome popular: cipó-de-são-joão
Nome científico: Pyrostegia venusta
Família: Bignoniaceae

Belo cipó de flores alaranjadas. Seu caule é delicado e pode ser conduzido sobre cercas de arame, caramanchões e muros.
Suas flores são atrativas para algumas espécies de beija-flores. Floresce no inverno e necessita de sol pleno para produzir flores em abundância.
É propagado por estaquia.
Além de ser cultivada como planta ornamental, é empregada na medicina popular.

Foto do autor.


Foto do autor.

Foto do autor.


Primavera: uma cascata de flores

Nome popular: primavera, três-marias ou buganvile
Nome científico: Bougainvillea glabra
Família: Nyctaginaceae

Trepadeira lenhosa, que deve ser cultivada a sol pleno.
De crescimento vigoroso, pode ser conduzida como cerca-viva, arvoreta e trepadeira sobre caramanchões e até sobre árvores, como na foto abaixo. Também pode ser cultivada em vasos grandes sendo conduzida como arbusto.
A espécie é nativa das matas brasileiras.
É uma planta perene e que pode chegar a 6 metros de altura.
Suas pequenas flores de cor creme são protegidas por três brácteas de cor rosa e são atraentes para algumas espécies de beija-flores. Floresce no final do inverno, primavera e verão.
Comumente é multiplicada por meio de estacas com 20 a 25 cm de comprimento e por alporquia.

Primavera crescendo apoiada sobre o tronco de chico-pires. Foto do autor.

Foto do autor.

Lua: o satélite natural da Terra

A Lua é o satélite natural da Terra.
Satélite natural é um corpo celeste que não possui luz própria, ele reflete a luz de uma estrela. Assim, a Lua reflete a luz do Sol.
Dependendo de quanto da face iluminada da Lua é visível por nós, damos os nomes de fases da Lua que são: lua cheia, lua minguante, lua nova e lua crescente. Somente essas quatro fases recebem nomes, pois são as mais marcantes, porém, são 29 fases ao todo.
A Lua está a cerca de 384 mil quilômetros de distância da Terra. Porém, essa distância varia devido às mudanças de sua órbita em torno do nosso planeta.
Seu diâmetro é de 3476 km.
A teoria mais aceita para o surgimento do nosso satélite defende que, há 4,5 bilhões de anos, um corpo celeste do tamanho de Marte se chocou com a Terra no momento em que ela começava a se formar. Uma parte do material terrestre, ainda quente e em estado pastoso, foi lançado ao espaço dando origem à Lua. O que ajuda a confirmar essa afirmação é que a composição química da superfície dela é semelhante à da Terra.
Na Lua existe atmosfera só que muito rarefeita se comparada com a atmosfera da Terra, devido a isso, se costuma dizer que não existe atmosfera na Lua.
A sua maior cratera recebeu o nome de Oriental e tem um diâmetro de 930 km. Suas crateras foram formadas devido a queda de inúmeros meteoros.
A montanha mais alta é o Monte Huygens, com 4.700 metros de altitude e está localizada na Cordilheira dos Montes Apeninos.
Sempre vemos a mesma face da Lua voltada para a Terra porque os seus movimentos de rotação (movimento em torno do seu próprio eixo) e de revolução (movimento ao redor da Terra) têm a mesma duração, 27 dias, 7 horas e 43 minutos.
As manchas claras e escuras na superfície lunar se referem a formações geológicas diferentes. As manchas claras são áreas mais elevadas como as suas montanhas e as manchas escuras são os chamados "mares da lua" que, na verdade, são regiões onde houve acúmulo da lava expelida pelos vulcões que existiam no passado e, hoje, estão extintos, portanto, não existem mais vulcões ativos na Lua.

 
Foto do autor.

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