quinta-feira, 22 de outubro de 2020

Aves de Minas Gerais, Andrelândia: saíra-amarela

Nome popular: saíra-amarela
Nome científico: Tangara cayana
Ordem: Passeriformes

A espécie apresenta dimorfismo sexual, sendo que a fêmea não possui a faixa negra típica do macho.
O seu peso é de 20 gramas, atingindo 15 centímetros de comprimento.
Sua alimentação é baseada em frutos como os da amora-preta, aroeira-vermelha e também é comum em comedouros em busca de bananas, laranjas etc.
A fêmea coloca até 3 ovos por postura.
Normalmente a saíra-amarela é vista em casal.
Habita matas abertas, sendo comum também em pomares.

Saíra-amarela macho.
 

domingo, 11 de outubro de 2020

Aves marinhas: Gaivotão

Nome popular: Gaivotão
Nome científico: Larus dominicanus
Ordem: Charadriiformes

É a espécie de gaivota mais comum na costa brasileira.
Chega a atingir cerca de 60 centímetros de comprimento.
Alimenta-se de peixes e crustáceos marinhos. Podendo ingerir restos de alimentos descartados pelo ser humano, por isso, pode ser vista em lixões próximos à costa. Preda também ovos de outras aves
O ninho é construído no solo, em ilhas, onde são colocados até 2 ovos.
Devido sua fácil adaptação aos ambientes alterados pelo ser humano e à competição que impõe às outras espécies, o gaivotão tem se reproduzido facilmente e aumentado sua população no território brasileiro.

Gaivotão jovem.

Gaivotão adulto.

Aves de Minas Gerais, Andrelândia: Bico-de-lacre

Nome popular: Bico-de-lacre
Nome científico: Estrilda astrild
Ordem: Passeriformes

Belo pássaro, que se destaca devido ao detalhe da cor vermelha de seu bico e a listra, também vermelha, que se prolonga até os olhos.
A espécie não é nativa do Brasil, tendo sido introduzida nos séculos passados, vindo a bordo dos navios negreiros que partiram do continente africano.
Normalmente é visto em bandos. Chega a atingir 13 centímetros de comprimento.
Sua alimentação é baseada em sementes de diversas espécies de gramíneas, portanto, é uma espécie que habita os campos e terrenos abertos.
Chega a colocar 3 ovos no ninho que são chocados pelos pais por 13 dias.




 

Aves de Minas Gerais, Andrelândia: Beija-flor-de-banda-branca

Nome popular: Beija-flor-de-banda-branca
Nome científico: Amazilia versicolor
Ordem: Apodiformes

É um dos menores beija-flores desta região de Minas Gerais. Atinge cerca de 8,5 centímetros de comprimento.
Visitante assíduo dos bebedouros colocados para atrair esses simpáticos e agitados moradores das matas mineiras. Costuma evitar a presença de outros beija-flores maiores na competição pela vez de beber o líquido açucarado tão disputado por eles.
Ao buscar o néctar das flores acaba consumindo também pequenos insetos que nelas se encontram.
Chega a colocar dois ovos em cada postura, que ocorre uma vez por ano.


 

sexta-feira, 11 de setembro de 2020

Aves de Minas Gerais, Andrelândia: Tico-tico

Nome popular: Tico-tico
Nome científico: Zonotrichia capensis
Ordem: Passeriformes

Também é conhecido como canela-seca e é visto comumente perto dos moinhos de milho, outrora comuns nesta região de Minas Gerais, ciscando a terra em busca de fubá. Quando o proprietário rural coloca fubá para atrair pássaros para próximo de sua residência, uma das primeiras espécies a aparecer é essa. Também é comum perto de currais.
Atinge 15 centímetros de comprimento e não existe dimorfismo sexual entre macho e fêmea.
Sua alimentação consiste principalmente de sementes e insetos.
A reprodução ocorre a partir de setembro até janeiro. A fêmea coloca até 5 ovos cujo período de incubação é de 14 dias. É comum ver tico-ticos alimentando filhotes de chupim, já que este último costuma colocar seus ovos nos ninhos dos primeiros.

Tico-tico

 

Aves de Minas Gerais, Andrelândia: Periquito-rei

Nome popular: Periquito-rei
Nome científico: Eupsitulla aurea
Ordem: Psittaciformes

Mede cerca de 25 centímetros de comprimento.
Quando percebe a presença humana logo alça voo aos gritos.
Se alimenta de frutos, sementes e do néctar das flores do suinã, árvore pertencente ao gênero Erythrina.
Nidifica em ocos nos troncos das árvores e em buracos nos barrancos, colocando até 3 ovos, no período de setembro a dezembro. Costuma voar em casais e em bandos.

Periquito-rei pousado sobre um assa-peixe.

 

quarta-feira, 9 de setembro de 2020

Íris

Seu nome científico é Iris germanica e pertence à família Iridaceae.
Suas folhas tem o formato de lâminas e podem chegar a 50 cm de altura. A partir da espécie em questão, vários híbridos foram desenvolvidos com as mais variadas cores.
Suas flores se abrem na parte da manhã e as pétalas caem ao final da tarde. A floração ocorre a partir de agosto e se estende até o verão.
Observou-se que o trinca-ferro se alimenta de suas pétalas.
É propagada por meio de seus rizomas (caule subterrâneo). Inclusive, tais rizomas são aromáticos e empregados na indústria da perfumaria.
É uma planta resistente e que exige poucos cuidados. Suporta bem a falta de umidade no solo por períodos prolongados.
Pode ser plantada a sol pleno ou à meia-sombra.
Adequada para formar bordaduras, delimitando áreas, ou maciços.
Há de se ter cuidado ao manipular essa planta, pois sua seiva pode ser tóxica se ingerida ou causar irritações se em contato com a pele.

Detalhe da flor de íris.

Trinca-ferro se alimentando das pétalas.



 

terça-feira, 4 de agosto de 2020

Aves de Minas Gerais, Andrelândia: Beija-flor-de-banda-branca

Nome popular: beija-flor-de-banda-branca
Nome científico: Amazilia versicolor
Ordem: Apodiformes

Possui 8,5 centímetros de comprimento.
Alimenta-se de néctar e insetos.
Frequenta bebedouros próximos às residências.
Coloca até dois ovos por ninhada.

Foto do autor.

Foto do autor.



Aves de Minas Gerais, Andrelândia: Tiê-preto

Nome popular: tiê-preto
Nome científico: Tachyphonus coronatus
Ordem: Passeriformes

Atinge 18 centímetros de comprimento.
O macho é preto e a fêmea é marrom.
Sua dieta alimentar está baseada em frutos, sementes, insetos e quirera de milho.
Pode ser visto em pequenos bandos e frequentemente em casais. Cada ninhada é formada por até 3 ovos.
O macho é bem característico pela presença de um topete vermelho que se mostra quando a ave está excitada e pela presença de penas brancas na parte inferior de suas asas.

Tiê-preto capturando um inseto. Foto do autor.

Macho exibindo o topete vermelho. Foto do autor.

Fêmea. Foto do autor.




Aves de Minas Gerais, Andrelândia: Tuim

Nome popular: tuim
Nome científico: Forpus xanthopterygius
Ordem: Psittaciformes

Atinge 12 centímetros de comprimento, sendo o menor representante da família dos papagaios e periquitos.
Sua dieta alimentar está baseada em frutos e sementes. Na imagem abaixo, um exemplar se alimentando das sementes de alfavaca.
Constrói seu ninho em ocos de árvores e também aproveita os ninhos vazios do joão-de-barro e de pica-paus pequenos. Chega a colocar 8 ovos por ninhada. Na quinta semana de vida, os filhotes deixam o ninho.
É comum ser visto formando bandos numerosos com 10 a 25 indivíduos.


Foto do autor.

Foto do autor.

Indivíduo consumindo sementes de alfavaca. Foto do autor.

Aves de Minas Gerais, Andrelândia: Gralha-picaça

Nome popular: gralha-picaça
Nome científico: Cyanocorax chrysops
Ordem: Passeriformes

Atinge 34 centímetros de comprimento, sendo que metade corresponde à cauda.
Seu canto é forte e tagarelante.
Sua alimentação é constituída de insetos, frutos, sementes de pinhão, quirera de milho e até ovos de outras aves.
Vive em bandos, com até 20 indivíduos.
Comumente perambula pelas árvores mais altas.
É tida como semeadora do pinheiro-do-paraná, à semelhança da gralha-azul.
Na época da reprodução forma casais, colocando até 7 ovos por ninhada.



Foto do autor.

sexta-feira, 31 de julho de 2020

Passeio na roça

Passeio na roça

Tem tudo de bom,

Rever os parentes

Não tem comparação.

Saudades,

Compartilhar alegrias

E, às vezes, tristezas

Contar “causos”.

O ar fresco

O calor do sol

O cheiro do curral

A água correndo pelo córrego

Os pássaros cantando

Os galhos das árvores balançando

Ao sabor dos ventos,

A contento.

(Alexander Brito)

Foto do autor.


Fogão a lenha

O fogão a lenha

Que reúne a família ao seu redor

O bambu estalando

As faíscas iluminando

O calor que emana

Aquecendo a cozinha

E os nossos corações

E a conversa descontraída

O riso, a alegria

“Causos” da roça, do dia-a-dia.

Sobre ele defuma o toucinho,

Assados em seu forno

A broa de fubá, o bolo de milho,

Os biscoitos, a pamonha,

As “merendas” como dizia meu avô.

O milho verde e a batata-doce

Repousam sobre suas brasas

Que a criança curiosa

Remexe com um graveto

E, uma tia alerta,

“Vai mijar na cama”.

Nos dias frios, o cozido

A galinha com palmito

Borbulhando

E nosso apetite aguçando,

Na panela de ferro

O café é torrado

Para nos despertar no dia seguinte

O amendoim é torrado

Garantindo a paçoca da Semana Santa

E da Festa Junina.

Mas, não para por aí

Pela serpentina corre a água

Que aquecida

Vai nos banhar.

Quanta coisa boa

O fogão a lenha nos traz de recordação!

(Alexander Brito)


*Uma homenagem ao meu avô José Isídio e à minha tia Geni. E a toda a minha família das Minas Gerais.

Foto do autor.

 


Kalanchoe

Nome popular: kalanchoe, flor-do-papai, flor-da-fortuna
Nome científico: Kalanchoe blossfeldiana
Família: Crassulaceae

Planta suculenta, com até 40 cm de altura. Originária do continente africano (Madagascar).
Suas variedades apresentam flores de cor vermelha, laranja, amarela, rosa, lilás e branca.
Pode ser cultivada sob sol direto, de preferência evitando-se o sol das 11 horas às 14 horas, meia-sombra ou em ambientes com luz indireta. Desta forma, se presta para compor bordaduras em jardins, cultivada em vasos dentro de casa e em floreiras.
As mudas podem ser obtidas por meio de estacas com 5 centímetros de comprimento.
Existe a crença de que cultivar essa planta ou presentear alguém com ela traz prosperidade.

Foto do autor.


quinta-feira, 30 de julho de 2020

Terreno rochoso

Em um terreno rochoso existem muitos afloramentos de rochas de diversas dimensões. Essas rochas estão em processo de desgaste por ação do intemperismo (água da chuva, variação da temperatura, vento) e ação de líquens que crescem sobre elas. À medida que são desgastadas suas partículas irão formar o solo.
Neste tipo de terreno o solo é raso e seco, pobre em sais minerais. Isso dificulta o desenvolvimento das raízes das plantas de modo que, em geral, as plantas que aí crescem são gramíneas, herbáceas, arbustivas e árvores de pequeno porte.

Foto do autor.

Taipa de pedras

A taipa de pedras nada mais é do que uma cerca de pedras empilhadas. Elas são encaixadas umas às outras. Não se utiliza nenhum tipo de material com o objetivo de fixar umas às outras como cimento, por exemplo.
Eram muito usadas nos séculos passados quando não havia disponibilidade de arame farpado. Hoje, é muito mais econômico e rápido construir cercas com mourões e arame farpado.
Contudo, elas continuam a ser utilizadas em regiões onde há grande disponibilidade de material e ainda quando o terreno impede a fixação de mourões, como sobre lajes rochosas.
Atualmente, seu uso tem função mais arquitetônica devido sua beleza e rusticidade.

Foto do autor.

A lenda da araucária

A araucária também é conhecida como pinheiro-do-paraná.
Seu nome científico é Araucaria angustifolia e é uma gimnosperma, ou seja, uma planta que não produz frutos, assim, suas sementes ficam expostas. Por sinal, sua semente é o pinhão.
Uma bela lenda indígena explica a origem desta maravilha da flora brasileira.
Certa vez, um índio saiu para caçar uma onça. Nisto ele viu a curandeira da tribo inimiga que também andava pela mata e se apaixonou por ela. Após matar a onça, carregando-a em seu ombro, o caçador encontrou a bela índia que ao ver aquela cena, se assustou e desmaiou. Guerreiros da tribo inimiga encontraram a curandeira nos braços do índio que a amparava. Eles pensaram que ele havia causado algum mal a ela, e o mataram a flechadas. Tupã, comovido com a situação, transformou o índio em uma árvore, sendo seu corpo o tronco, as flechas seus galhos, as gotas de sangue que pingavam do seu corpo em sementes e a índia em uma ave, a gralha-azul. A gralha-azul enterra as sementes da araucária para que o índio possa sempre renascer.

Foto do autor.

quarta-feira, 29 de julho de 2020

Parque Arqueológico Serra de Santo Antônio, Andrelândia, Minas Gerais

A área do parque abrange 12 hectares e está localizado na serra que possui o mesmo nome, no município de Andrelândia, que pertence à mesorregião do Campo das Vertentes, MG.
Sua altitude varia entre 1.000 metros e 1.200 metros. A região é íngreme, rochosa.
Nele existem, pelo menos, duas nascentes principais que irão formar o Córrego Santo Antônio.
A flora do parque é típica do bioma Mata Atlântica. No parque e no seu entorno podem ser encontradas espécies de árvores como pau-pereira, cedro, jacarandá, figueira-branca, jerivá, ipê-amarelo, embira-branca, canela-rosa, caneleira, guatambu, angico, mamica-de-porca, embaúba, cambuí, guamirim, aroeira-brava, copaíba, guaçatunga, chico-pires, fruto-de-pombo, araticum, araucária, louro-branco, candeia, sangra-d'água, suinã, bico-de-pato, baguaçu, quaresmeira, amoreira-branca, capororoca, camboatã, tamanqueira e açoita-cavalo. Sua vegetação não é exuberante, as árvores não atingem grandes proporções, pois o solo é ácido, rochoso, pouco profundo e com baixo teor de matéria orgânica.
Em relação à araucária, a espécie está sendo reintroduzida no parque, pois ela havia sido dizimada da região pelos proprietários rurais do passado.
Sua fauna e do seu entorno inclui:
Mamíferos como gambá, lobo-guará, tatu, mico-estrela, ouriço, macaco-sauá, veado-campeiro, lebre e roedores.
Répteis como cascavel, lagarto-teiú, calango, urutu, cobra-verde, cobra-de-vidro, cobra-de-duas-cabeças e cobra-coral.
Anfíbios como cobra-cega, perereca-verde, sapo-cururu e rã.
Entre as aves, podemos citar canário-da-terra, tico-tico, suiriri, rolinha, asa-branca, pintassilgo, sabiá, bem-te-vi, pássaro-preto, gavião-caboclo, gavião-carrapateiro, gavião-carijó, carcará, seriema, sabiá-do-campo, joão-de-barro, joão-bobo, coruja, curiango, urubus-de-cabeça-preta e de cabeça-vermelha, anu-preto, anu-branco, pica-pau-do-campo, várias espécies de beija-flor, cambacica, jacuaçu, periquitão-maracanã, periquito-rei, tuim e alma-de-gato.
Entre os insetos temos abelha-africana, abelha-arapuá, abelha-jataí, mamangabas, cupins, formiga-saúva-cabeça-de-vidro, saúva-mata-pasto, quenquém, formiga-leão (várias de suas tocas-armadilhas construídas na areia podem ser vistas próximo ao paredão do parque) e várias espécies de borboletas.
O parque é constituído de um paredão rochoso onde são encontradas mais de 500 pinturas rupestres, representadas por figuras zoomorfas e geométricas, que datam de mais de 3.000 anos, formando o sítio arqueológico Toca do Índio.
Existem algumas formações geológicas que atraem os visitantes como a Gruta do Lagarto, a Gruta dos Novatos, a Pedra dos Amores e a Pedra do Gavião.
Antes da criação do parque as pinturas estavam ameaçadas pelo vandalismo: lascas da rocha com as figuras eram retiradas para serem levadas como lembrança, pichações, fogueiras que eram acesas pelos visitantes e pelo desmatamento. Um problema que ainda ocorre, porém, de forma menos frequente é a presença de lixo no local.
Além das figuras, vários objetos como ferramentas e armas de pedra e objetos cerâmicos já foram encontrados enterrados no solo da região indicando a existência de povos primitivos que ali habitavam. Inclusive, sementes de pinhão que serviriam de alimento para esses povos e testemunhas de que a araucária ou pinheiro-do-paraná era comum na região.
No parque está em exposição uma canoa que foi retirada das águas do rio Grande, na divisa entre Andrelândia e Santana do Garambéu, em outubro de 2014. A canoa indígena, é datada de 400 anos e é a mais antiga já encontrada no estado. Ela tem 9,10 metros de comprimento e 0,7 metro de largura e foi esculpida pelos tupi-guarani em um tronco de araucária.
O ponto culminante da Serra de Santo Antônio, e que não faz parte da área do parque, está localizado a 1.393 metros de altitude. Nele havia a capelinha de Santo Antônio, onde se rezava missas reunindo a população local, isso há décadas passadas. A capelinha foi destruída por uma tempestade, um raio a atingiu. Hoje, os escombros desta capelinha ainda podem ser vistos no local. Uma nova capela foi construída, em uma propriedade vizinha ao parque, na parte baixa, e a imagem de Santo Antônio foi levada para a nova capela.
Reza a lenda, passada pelos moradores mais antigos, que certo dia quando abriram a capela a imagem não estava mais lá. Procuraram e foram encontrá-la novamente no local da antiga capelinha no alto da serra.

Vista geral do Parque Arqueológico. Foto do autor.

Foto do autor.

Gruta do Lagarto. Foto do autor.

Gruta dos Novatos. Foto do autor.

Pinturas rupestres. Foto do autor.

Pinturas rupestres. Foto do autor.

Pinturas rupestres. Foto do autor.

Pinturas rupestres danificada. Foto do autor.

Pichação. Foto do autor.

Lixo na área do parque. Foto do autor.

Pedra do Gavião. Foto do autor.

Lagarto típico do parque. Foto do autor.

A região é rochosa. Foto do autor.

Araucárias plantadas na área do parque.

Canoa indígena. Foto do autor.

Suiriri. Foto do autor.

Visão do entorno do parque. Foto do autor.



Por que a Lua parece maior no horizonte?

A explicação mais comum é que a atmosfera da Terra aumentaria a imagem. Fazendo uma comparação, a atmosfera funcionaria como uma "lente de aumento". Isso ocorreria devido à refração da luz que a Lua reflete em direção à Terra. Essa ideia já não é mais aceita.
A explicação é que, na verdade, o tamanho da Lua no horizonte é o mesmo quando ela está no alto do céu. Portanto, o aparente aumento do tamanho da Lua, nada mais é do que uma ilusão de ótica. Nosso cérebro nos leva a pensar que ela é maior do que o normal.
Essa ilusão de ótica acontece porque, quando próxima ao horizonte, nosso cérebro compara a Lua com pontos de referência que aí existem: morros, montanhas, prédios. Esse efeito é conhecido como Ilusão de Ponzo, uma referência ao psicólogo italiano Mario Ponzo que propôs tal ideia em 1913.



sábado, 25 de julho de 2020

Ninho do joão-de-barro

O joão-de-barro (Furnarius rufus) produz um ninho fácil de ser identificado no alto das árvores e postes.
Ele é construído com barro, esterco e palha, chegando a pesar 4 quilogramas. Tanto o macho como a fêmea participam da construção do ninho que carregam o barro em seu bico.
Existe uma parede interna separando a entrada do ninho da câmara de nidificação. Isso ajuda a dificultar o acesso dos predadores e protege contra o vento e a chuva.
O ninho não é usado continuamente pelo casal de joão-de-barro, ano após ano. É comum o casal só voltar para o mesmo ninho, dois anos depois de já ter sido usado.
Uma vez abandonado o ninho, ele acaba sendo usado por outras espécies de aves e até mamíferos e répteis.
Pode acontecer de um ninho ser construído sobre outro do ano anterior.
Reza a lenda que quando o joão-de-barro macho é traído pela fêmea, ele a prende dentro do ninho fechando totalmente a entrada.

Foto do autor.

Aves de Minas Gerais, Andrelândia: Beija-flor-tesoura

Nome popular: beija-flor-tesoura
Nome científico: Eupetomena macroura
Ordem: Apodiformes

Seu nome vem de eu = divindade; petonemos = voando; makros = longo; oura = cauda.
A espécie é fácil de ser reconhecida pelo formato de tesoura característico de sua cauda (foto). É bem comum em ambientes urbanos e é tido como um dos beija-flores mais brigões na defesa de seu território.
Atinge até 19 centímetros de comprimento e 11 gramas de peso.
Sua alimentação consiste de néctar das flores e também pequenos insetos.
Na construção do ninho usa painas, musgo, líquens e teias de aranha.
São colocados 2 ou 3 ovos que são incubados pela fêmea. Depois de 16 dias os filhotes nascem. Os filhotes são alimentados com insetos e com 24 dias já alçam o seu primeiro voo e deixam do ninho.

Foto do autor.

Girinos

Os girinos são as larvas dos sapos e das rãs, lembrando que esses animais pertencem ao grupo do anfíbios e sofrem metamorfose.
De modo geral, os girinos surgem cerca de dez dias após os ovos terem sido gerados: a fêmea dos sapos e rãs lança os óvulos na água e o macho lança os espermatozoides, assim ocorrerá a fecundação dando origem aos ovos.
Dependendo da espécie podem ser gerados 3 mil ovos. Eles costumam ser colocados em grupos ou fileiras e estão envolvidos por um muco que os mantêm unidos e presos às rochas e à vegetação aquática, conferindo alguma proteção e impedindo que sejam arrastados pela correnteza. Porém, muitos desses ovos acabam sendo predados por peixes e outros animais aquáticos.
Nesta fase, eles possuem cauda. Sua respiração acontece por meio das brânquias (respiração branquial) que são órgãos capazes de retirar o gás oxigênio dissolvido na água e passar para o sangue desses animais, ao mesmo tempo que elimina o gás carbônico.
Eles se alimentam de algas, porém, algumas espécies são carnívoras e outras podem se alimentar de restos de animais mortos presentes na água.
Com cerca de 12 semanas, a cauda dos girinos começa a ser absorvida pelo corpo à medida que vão surgindo as patas traseiras, próximas à cauda. Em seguida, surgem as patas dianteiras.
Com as patas formadas o animal já pode sair da água, pois também houve a substituição das brânquias pelos pulmões que se formaram, permitindo a respiração no ambiente terrestre. Lembrando que, fora d'água, esses animais também respiram através da sua fina pele.
Uma pequena cauda ainda persiste nesta fase de transição do meio aquático para o terrestre, desaparecendo depois de mais alguns dias. Neste período o animal é bem vulnerável aos predadores.
Dos milhares de ovos iniciais, somente alguns poucos indivíduos chegarão à fase adulta.

Foto do autor.

sexta-feira, 24 de julho de 2020

Cupinzeiro

O cupinzeiro é constituído de terra, saliva e fezes dos cupins. A construção vai aumentando à medida que mais camadas de material são depositadas. As camadas novas se apresentam úmidas e macias. À medida que vão secando, se tornam muito duras. O cupinzeiro cresce tanto acima da superfície como no subsolo, sendo que apenas 1/4 dele é subterrâneo. Das espécies de cupins que ocorrem nos campos do sul de Minas Gerais, suas construções atingem 1,70 metro de altura, mas normalmente são menores.
Alguns estudos indicam que um cupinzeiro pode resistir por até 80 anos.

Foto do autor.

Cupinzeiro atingido por um raio. Foto do autor.


Fruta-de-lobo

Nome popular: fruta-de-lobo, lobeira
Nome científico: Solanum lycocarpum
Família: Solanaceae

Arbusto espinhento, tortuoso, com cerca de 3 metros de altura.
Típico do Cerrado e da vegetação de transição entre a Mata Atlântica e o Cerrado, crescendo preferencialmente em solos mais secos, nos campos. Produz flores azuis.
Seu fruto, com cerca de 15 centímetros de diâmetro, faz parte da dieta alimentar do lobo-guará, por isso o nome. A frutificação ocorre em agosto e setembro.
Tanto o fruto como as flores são utilizados na medicina popular.

Fruta-de-lobo. Foto do autor.

Restos de fruta-de-lobo deixados pelo lobo-guará. Foto do autor.

Flores de fruta-do-lobo. Foto do autor.