Nesta série sobre os cervídeos do Brasil, das 8 espécies de cervos que vivem em nosso país, serão citadas quatro delas.
Comecemos pelo cervo-do-pantanal.
Seu
nome científico é Blastocerus
dichotomus.
O macho pode atingir 1,90
metro de comprimento e 1,20 metro de altura, sendo que sua galhada pode ter 70
cm de comprimento. Chega a pesar 150 kg. É o maior cervídeo da América do Sul.
É encontrado em
campos periodicamente inundados como várzeas, áreas brejosas e savanas
inundáveis nos estados de Rondônia, Amazonas,
Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Bahia, no norte do estado de
Minas Gerais (bacia do rio São Francisco) e na região sul do Brasil.
A fêmea dá à luz um filhote por vez e a
gestação dura 9 meses. O nascimento ocorre entre nos meses de maio a outubro.
Por
habitar áreas alagadas, existe uma membrana entre seus dedos que impede que o
animal atole na lama.
Sua carne não é de boa qualidade, mas
mesmo assim o animal é caçado para a retirada de sua pele e de sua galhada que
é exibida como troféu de caça.
Outra condição que afeta as populações de
cervos-do-pantanal é a convivência com animais domésticos (bovinos e suínos)
que lhes transmitem brucelose e febre aftosa, causando sua morte.
Também é relativamente comum o
atropelamento de animais que se aproximam das rodovias.
A espécie é considerada ameaçada de
extinção.